A liberdade é um dos mais preciosos tesouros do homem. Desde sempre o homem assim a viu: a liberdade como a capacidade de escolher o que é objectivamente bom.
Esta escolha faz-se livremente, porque o homem emprega a sua razão e vontade: não lhe é imposta. Daqui a relação entre liberdade e verdade: o homem só é verdadeiramente livre na medida em que procura, com a sua razão, conhecer a verdade e se deixa por ela transformar. Nesse processo, o homem assume como suas as escolhas que a razão identifica como objectivamente boas e verdadeiras, superando os impulsos, a ignorância, o egoísmo e os demais obstáculos a que todos estamos sujeitos.
Apesar de constituir este magnífico tesouro, a liberdade tem sido muito maltratada nas últimas décadas.
No plano das ideias – e as ideias têm consequências! – a liberdade passou a ser vista através de várias lentes desfocadas que distorcem a relação entre liberdade e verdade, ou colocam a liberdade ao serviço de uma putativa libertação de ideias ou estruturas sociais alegadamente opressivas.
Por um lado, e partindo de um pessimismo em relação à possibilidade de o homem conhecer realmente a verdade sobre si próprio, aceita-se a equivalência de todas as opiniões, gostos e ideias (relativismo), mesmo que destrutivas do que é verdadeiramente humano. Aqui a liberdade é vista como a total ausência de restrições à concretização da vontade e dos impulsos individuais, desligada das ideias de responsabilidade, verdade, virtude ou bem comum.
Na segunda vertente, identificando certas ideias ou realidades opressivas – como a família, a diferença biológica entre homem e mulher, ou a religião – o homem apenas seria livre quando se libertasse destas estruturas de poder.
Através do impacto combinado destas ideias desfocadas, a verdadeira liberdade é hoje ameaçada.
Insurgimo-nos contra este estado de coisas!
Queremos defender a liberdade de educação, a liberdade de expressão e a liberdade religiosa.